ações do bem

Mães da AVTSM confeccionam e distribuem enxovais

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Há cerca de três anos, mães da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) criaram um projeto solidário para beneficiar famílias em vulnerabilidade social.

De acordo com a coordenadora do projeto, Ligiane Righi da Silva, os objetivos são diversos, entre eles, promover ações na tenda da AVTSM, oferecer uma atividade para as mães do grupo, e, principalmente, ajudar a quem precisa:

- Antes do projeto ter início, eu já fazia este tipo de ação, já que faço tricô e crochê. Com o empenho das demais integrantes da associação, foi possível expandir esse amparo tão necessário às crianças.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Fotos: Renan Mattos
Ligiane Righi da Silva (à esq.) e Nadir Krauspenhar entregaram, nesta semana, os primeiros kits de 2020. As doações são direcionadas a famílias carentes

Hoje, mulheres de outras cidades da região também participam do projeto, enviando peças. Em Santa Maria, são cerca de 15 voluntárias atuando.

Não saber trabalhar com linha e agulha não é desculpa para não participar do projeto. As voluntárias se oferecem para ensinar a fazer tricô.

- Mães que não sabiam tricotar vem até nós. Além do aprendizado, nascem novas amizades. Aprendemos a transformar dor em solidariedade - diz Ligiane.


Ela acrescenta que a escolha por roupas e mantas exclusivamente de lã se deu devido às habilidades das costureiras e pela utilidade dessas peças no rigoroso inverno de Santa Maria. Ela adianta que, um pouco antes da estação mais fria do ano, que a distribuição começa.

As peças são entregues em conjuntos compostos por manta, casaco, calça, sapatinhos, touca. Quando há quantidades mínimas, doamos, também, fraldas descartáveis e lenços umedecidos.

As entregas são realizadas, na maioria das vezes, em maternidades de hospitais públicos e unidades básicas de saúde de diferentes regiões da cidade.

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PANDEMIA

No ano passado, o projeto distribuiu mais de 150 conjuntos. Neste ano, por enquanto, 12 foram entregues na primeira remessa, no Hospital Casa de Saúde (foto). Com o isolamento social, as mães não se reúnem para fazer as roupinhas ou para arrecadar os materiais na tenda.

Nem por isso o projeto parou de funcionar. A produção continua, com vistas ao objetivo.

Hoje, as artesãs fazem as peças em casa e entregam os kits na portaria dos hospitais. Antes da pandemia, ofereciam os conjuntos de quarto em quarto, conversando e dando atenção a cada mãe de recém-nascido, conforme Ligiane.

A arrecadação de lã tem sido realizada na portaria da Antiga Reitoria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), prédio onde a AVTSM dispõe de uma sala. As entregas podem ser feitas diretamente para os porteiros, que repassam o material para as voluntárias. Outra opção é entregar na residência de Ligiane, na Rua Felipe Schirmer, n° 96, no Bairro João Goulart.

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A servidora municipal Nadir Krauspenhar, participa do projeto desde o início. Ela faz crochê e tricô:

- Dedico-me às peças durante o ano todo. Quando não faço, sinto falta. Fazer artesanato me completa e ocupa.

COMO AJUDAR?

  • O quê - Doando novelos de lã de qualquer cor
  • Onde - Na Antiga Reitoria da UFSM (Rua Floriano Peixoto, 1.184), entregando na portaria ou na Rua Felipe Schirmer, n° 96, no Bairro João Goulart
  • Informações - (55) 99153-7178

*Colaborou: Gabriele Bordin

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